Vida e lágrimas

Vou errante pela vida, como se andar sem rumo fosse amenizar a dor de não ter para onde voltar...
Minha casa tão vazia me expuls tornando-se tão pequena a ponto de me sufocar o fato de ver as paredes se aproximarem opressoras, diminuindo o espaço.
Aumenta o calor, o simples ventilador não dá conta
Minhas lágrimas escrrem pelo rosto misturadas com o suor...
As músicas que ouço baixo nas pobres caixinhas do computador, só me trazem lembranças, coisas que a gente perde pelo caminho, ou que deixamos ir embora, mas que nunca se vão completamente.
Procuro o que fazer no meu cubículo que ainda ouso chamar de lar, mas que é tão opressor, por mostrar o quanto estou só.
Lá fora o sol brilha forte, os corpos expostos parecem que vão derreter, o calor é insuportável.
Mesmo assim, melhor que aqui.
Vou errante pela vida, até onde a estrada levar, mas sabendo que tenho que voltar, tenho que voltar para a vida medíocre que levo. Voltar para a faculdade, para a escravidão (quer dizer, estágio), voltar para um dia que só tem noite.
Voltar para a minha vida, sem amor, sem ninguém, onde a companhia mais próxima é um computador.
Onde meus melhores amigos são virtuais, onde não sinto o calor humano.
Tão perto de tudo e tão longe do mundo...

Amy Dee 16:20 08/03/09