Eu quero é botar meu bloco na rua*
Baixei o álbum de Ligiana sem nenhuma referência, gostei do nome dela ou do nome do álbum, não sei... Mas que bom que eu baixei. Amei.
Há quem diga que eu dormi de touca/ Que eu perdi a boca, que eu fugi da briga / Que eu caí do galho e que não vi saída / Que eu morri de medo quando o pau quebrou / Há quem diga que eu não sei de nada / Que eu não sou de nada e não peço desculpas / Que eu não tenho culpa, mas que eu dei bobeira / E que Durango Kid quase me pegou / Eu quero é botar meu bloco na rua / Brincar, botar pra gemer / Eu quero é botar meu bloco na rua / Gingar pra dar e vender / Eu quero é botar meu bloco na rua / Brincar, botar pra gemer / Eu quero é botar meu bloco na rua / Gingar pra dar e vender / Eu, por mim, queria isso e aquilo/
Preste atenção essa é a última palavra/ Tenho certeza não ter forças, repeti-la/ Você insistiu na insistência de me abandonar/ Agora pode ir tranquilo, as cinco letras vão chorar / Você dizia que eu roubava a sua calma / Não suportava a selvagem convivência / E convenceu-me de que o amor é uma arte da ilusão cujos segredos ninguém pode decifrar / Mandei mensagens de emergência pelo ar/ Encomendei tapetes persas pra você/ Lutei pra esquecer o teu afeto / Livrar-me de uma saudade infinda/ E agora essa palavra sai do coração / Romance sem capítulo final / Meu peito em combustão ainda queima / Mas a tarde silencia / Adeus! / Levo o meu rosto ao espelho/ Rugas de desgosto desenhadas / Destino que destrói todo o desejo / Estilhaços de paixão / Tais folhas secas pelo chão / Lavo minhas mãos em tuas lágrimas / E choro baixinho em soluços / O céu está pedindo para cantar / Mas é inútil as cinco letras vão chorar / Preste atenção essa é a última palavra/ Tenho certeza não ter forças, repeti-la/ Você insistiu na insistência de me abandonar/ Agora pode ir tranquilo, as cinco letras vão chorar / Você dizia que eu roubava a sua calma / Não suportava a selvagem convivência / E convenceu-me de que o amor é uma ciência inexata e o segredos ninguém pode decifrar.
A cantora, compositora e musicóloga Ligiana é uma cria de Brasília de sangue inquieto e pés de cigana. Depois de sua graduação em canto lírico, Ligiana atravessou o atlântico para estudar canto barroco na Holanda. De lá seguiu para a Itália, onde começou a cantar música popular brasileira enquanto concluía um mestrado em filologia musical.
A caravana chamou e Ligiana tomou o rumo da França, onde viveu os últimos três anos. Em Paris, consolidou sua relação com a música popular, cantou muito samba em salas vezes prestigiosas, vezes vertiginosas e começou a compor. Dessa primeira safra fazem parte canções como “Onda” e “Queda por um Samba” – essa última composta por telefone em parceria com seu pai. Voltou algumas vezes à Itália para se apresentar e ainda arranjou tempo para escrever uma tese de doutorado sobre ópera barroca veneziana pelas Universidades de Tours e de Milão.
Nesses anos de Paris concebeu seu primeiro disco, De Amor e Mar, produzido por Fernando Cavaco e Alfredo Bello e gravado entre São Paulo, Paris e Brasília. Com participações de Tom Zé, Hamilton de Holanda, Philippe Baden Powell, Marcelo Pretto e Fernando Alves Pinto. Ligiana comemorou sua volta ao Brasil lançando o disco, no final de 2009 com distribuição da Tratore e fazendo shows com seu quarteto pelo estado de São Paulo e Brasília.
Foi convidada em dezembro de 2009 para se apresentar no Festival Afrikakeur em Dacar, no Senegal, onde aproveitou para gravar com o grande cantor Ameth Male a canção e o vídeo La Lune de Gorée, de Gilberto Gil.
Bons críticos de plantão apreciaram o canto dessa intérprete que começa como compositora e descobre raridades, resgata canções da grande emoção de nossa música e lança novas propostas musicais e cênicas em seus shows cada vez mais comoventes. Ela está no ar, desvendando novas canções, compondo, apaixonando-se por diversas linguagens e expressões musicais.
COMENTARIOS:
“Cantoras, cantoras, cantoras. A enxurrada não para. Mas eis que – entre clones anêmicas de Marisas e Carolinas, pseudo sambistas cheias de pose, compositoras chinfrins e outras armações – volta e meia há boas surpresas. Ligiana é uma que adentra o cenário com força, vontade e pé no chão.”
Lauro Lisboa Garcia – Estado de São Paulo
”…Gostei muito da delicadeza do disco… o cuidado na produção, na interpretação, na escolha do repertório fazem deste trabalho um raio de luz no meio de tantas mesmices.”
André Midani – produtor fonografico
“Ligiana parte da tradição do ritmo para criar um novo ambiente, beirando um respeitoso samba tropicalista”.
Beto Feitosa – Site Ziriguidum
“Ligiana surpreende entre as novas cantoras/autoras. Seu cd “de amor e mar” tem produção depurada e repertório meticuloso” Tarik de Souza – Jornal do BrasilEu quero é botar meu bloco na rua
Há quem diga que eu dormi de touca/ Que eu perdi a boca, que eu fugi da briga / Que eu caí do galho e que não vi saída / Que eu morri de medo quando o pau quebrou / Há quem diga que eu não sei de nada / Que eu não sou de nada e não peço desculpas / Que eu não tenho culpa, mas que eu dei bobeira / E que Durango Kid quase me pegou / Eu quero é botar meu bloco na rua / Brincar, botar pra gemer / Eu quero é botar meu bloco na rua / Gingar pra dar e vender / Eu quero é botar meu bloco na rua / Brincar, botar pra gemer / Eu quero é botar meu bloco na rua / Gingar pra dar e vender / Eu, por mim, queria isso e aquilo/
Um quilo mais daquilo, um grilo menos nisso / É disso que eu preciso ou não é nada disso / Eu quero todo mundo nesse carnaval... / Eu quero é botar meu bloco na rua / Brincar, botar pra gemer / Eu quero é botar meu bloco na rua / Gingar pra dar e vender
Site oficial: http://ligianacanta.wordpress.com
Para baixar o Álbum acesse: http://naotocanaradio.blogspot.com/2010/11/ligiana-de-amor-e-mar-2009.html
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