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Quarto dia

E o quarto dia chega ao fim, a caixinha do correio (isso é simbólico, porque não existe caixinha mesmo) continua vazia...

Assim como minha vida, tudo se encontra extremamente vazio de sentido, passo os dias buscando alguma coisa que sei que não vou encontrar. Preciso ser encontrada, logo.

Cada dia que passa torna-se mais angustiante essa espera, preciso de algo concreto, porque o silêncio machuca mas não posso tocá-lo, não posso beijar ou abraçar o silêncio, não posso sentir o cheiro ou o gosto do silêncio (como posso sentir tudo isso de uma pessoa, de algo real), também não posso jogar o silêncio na parede com toda a minha fúria, ou rasgar as folhas silenciosas ou atear fogo ao silêncio e chorar me despedindo de todas as lembranças vendo a sua forma se desfazer na fumaça, ou talvez apenas esquecê-lo num canto qualquer escuro e frio do quarto (como eu posso fazer com um livro, o livro).

Não, eu não posso viver no silêncio, porque o silêncio me mata.


♪Sim, promessas fiz
Fiz projetos sonhei, pensei tanta coisa
E agora o coração me diz
Que só em teus braços amor eu ia ser feliz

Eu tenho esse amor para dar
O que é que eu vou fazer

Eu tentei esquecer
E prometi Apagar da minha vida esse sonho
E vem o coração e diz
Que só em teus braços amor eu ia ser feliz

Que só em teus braços amor eu posso ser feliz ♫

Tom Jobim (Promessas)

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