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Eu era dela

Eu era todo ela. Mas ela não era eu.
Eu me desmanchava feito açúcar em seu café, mas ela sentia o gosto dele amargo, eu não era tão doce. Ela não era eu.
Eu era ela como ela não era. Eu era dela como dela eu não era.
Eu era só falta, ela era minha saudade.

Eu era todo ela. Desde o mais simples fio de cabelo até as células nervosas qeu me faziam pensar.
Pensar nela era pensar em nada.
Lutar comigo mesma, procurar abstração.
Pensar nela era como fingir não sentir.
Pensar nela era morrer, me matar aos poucos.
Era me privar, apenas relembrar.

Eu era toda dela, mas ela não era minha.
Ela era dela.
Boca, Olhos, Corpo, Gestos, Palavras, Silêncios.
Amor? Já não sei, não sei nada dela que não seja eu.
Não sei se já amou ou se já sofreu.
Amor, sentimento que já julguei conhecer, mas que não sabia o que dele fazer.

Eu era um todo dela. Cada palavra, gesto, cada olhar, tudo, cada parte do meu corpo, cada pensamento... cada ação correspondia a uma reação para agradá-la.
Mesmo não funcionando, não sendo ela eu. Eu era toda dela. Toda ela era para ser minha,assim.
Mas ser dela não significa nada, fiquei sem ela, mas ela não ficou sem mim.

2 comentários:

Catia Lindemann 11 de setembro de 2009 às 22:37  

Tentei apenas fazer do meu espaço algo que pudesse refletir oq sou...
Cores fortes feito meus sonhos...fundo negro
tal como mha solidão...
Lá tudo sou eu,meus humildes poemas,mhas citações...tudo p/ uma mulher que hj é sinônimo
de ilusão e sofrimento em mha vida...
Então assim como vc,transformo meu pranto em palavras...FICO FELIZ por não ser mais uma mera sombra em seu espaço...
Quem sabe possamos até trocar figurinhas rs.

Anônimo,  16 de novembro de 2009 às 23:48  

adorei o texto, lindo, e realista, afinal sabe bem do q se trata quem poassou por isso.. espetacular!!!

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