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Flores

Sou autodestrutivamente indestrutível. O tempo passa, as pessoas mudam, as coisas acontecem e eu não paro de cometer os mesmos erros, tudo isso gerado pelo meu senso autodestrutível. Tento me desconstruir, me reinventar a cada nova relação. Tento não me doar, guardar alguma parte de mim onde só eu encontre para que quando as pessoas partirem não levem tudo.



É como um campo de flores, que eu planto as sementes de esperança e rego com minhas lágrimas, no começo demora para elas crescerem, mas depois nascem os brotos e as lágrimas cessam e o campo se enche de lindas flores e porque não dividi-las entre várias pessoas como é o comum a se fazer (afinal num mundo de tantas oportunidades, entregar um campo de flores a um único jardineiro é desperdício de tempo), porém eu entrego, não de mão beijada, mas aos pouquinhos apenas para uma pessoa, entrego tudo o que eu tenho de mais precioso.

E por ter mais alguém cuidando além de mim o campo de flores desabrocha e cresce e enche de alegria a todos que olham, porém chega um dia que o jardineiro se cansa talvez ou precise de flores mais coloridas, ou menos, ou precise de mais flores ou de mais campos e assim leva consigo todas as minhas. O campo fica devastado, apenas terreno seco e estéril, enxarcado de lágrimas e sem a possibilidade de crescer nada alí por um bom tempo.


Novamente planto sementes e eu deveria aprender alguma coisa com os meus erros, eu deveria não entregar tudo assim tão fácil, sem que ninguém ao menos peça. Novamente planto para mim e outros colhem.

Porque é assim que as coisas são, outra vez a vida vem me mostrar que não existe o amor romântico que eu vivo idealizando. Que não existe um eterno, apenas um "eterno enquanto dure" e sempre dura muito pouco. Porque hoje a vida não se baseia em sentimentos, mas em ações, curtir não é curtir para você é para os outros "verem" que você está curtindo e a conquista é apenas o que importa, o resto é resto.

Sou uma romântica incurável e é isso o que me faz ser autodestrutiva, o meu romantismo arrasta para a lama o meu coração com cada decepção pela qual eu passo. O meu romantismo me faz ser carente de sentimento, carente de palavras quando na verdade eu deveria (como é normal) ser carente de toque. Vou contra tudo o que é pregado contemporaneamente. Não quero "pegar" várias pessoas, muito menos quero apaixonar uma pessoa todo dia, quero que a mesma pessoa se apaixone por mim todos os dias, assim como eu faço. Como para mim pequenos gestos significam mais que grandes feitos e esses mesmos pequenos gestos as vezes  doem como facadas.



Meu campo de flores está vazio. Novamente. As que sobraram, se sobrou alguma, estão murchas ou mortas. Talvez eu não seja totalmente indestrutível porque no começo eu sempre sinto que alguma coisa em mim quebrou, quando meu campo está assim, vazio. Que eu não vou me sentir mais totalmente apaixonada, que não vou me entregar novamente por completo a ninguém e quando vejo, lá estou eu fazendo planos de um pra sempre, que sempre acaba!

I've got a feelling, a feelling deep inside, oh.. yeah, oh yeah
I've got a feelling, a feelling that i can't hide, oh, no... oh, No




Mudaram as estações, nada mudou
mas eu sei que alguma coisa aconteceu
á tudo assim, tão diferente

Se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar
que tudo era pra sempre sem saber que pra sempre sempre acaba

Mas nada vai conseguir mudar o que ficou
quando penso em alguém só penso em você
e aí, então, estamos bem
Mesmo com tantos motivos pra deixar tudo como está
nem desistir, nem tentar, agora tanto faz...
estamos indo de volta pra casa, yeah-heah...

I've got a feelling, a feelling deep inside
I've got a feelling, a feelling that i can't hide
A feelling that i can't hide
A feelling that i can't hide...

M.D.
07 de Dezembro de 2010
15:06

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