Sons
Silêncio no mundo,
está tarde,
está cedo,
não importa.
Os barulhos de fora não me dizem que horas são.
Silêncio mesmo em meio ao barulho,
em meio à multidão.
Silêncio profundo.
Alguma coisa emudeceu o mundo,
ou será que eu ensurdeci?
Escuto apenas um único som que não sei se vem de mim,
se não,
de onde vem?
Um som amargurado e abafado,
um som que dói,
não é nada mais que um martelar incessante de palavras sem nexo que repito dentro de mim incessantemente.
Sons,
são somente sons,
não deveriam ser nada além disso,
então porque são?
Se são sons?
E porque dói,
se não pode me tocar?
Aceleram o coração,
e então,
na falta de costume,
ou por acomodação de mais
ele volta a bater
tão descompassado quanto meus passos na rua.
Os sons machucam,
Sons despertam dores latentes...
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