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Calada

Talvez quem me leia, ou quem não me leia mais ou tanto, perceba que ultimamente ando meio...calada. Talvez não totalmente muda, afinal ainda sou eu e é difícil me conter, mas venho tentando com isso não me machucar mais.

Talvez quem me lê agora não faça ideia de como é difícil uma tagarela calar, assim como seria ainda mais difícil uma sincera, mentir. Por isso, antes o silêncio que uma doce mentira. Talvez não saibam como machuca um sorriso falso rasgando os lábios no meio de um dia cinza de outono, e que, as vezes, é melhor deixar os lábios fechados (para sorrisos e palavras). Como é sufocante o choro preso na garganta implorando para sair, tirando o ar e a concentração, a calma... Como é decepcionante o despertador tocar (já é hora de levantar e você ainda nem dormiu) e ser necessário encarar mais um dia longo e sonolento após uma noite infinita de tortura e insônia.

Talvez quem me lê não entenda os meus sumiços e algumas palavras de otimismo, quando apareço de repente, perdidas entre um escrito e outro, mascaradas entre suspiros e lágrimas. É que as vezes tento deixar o bom humor tomar conta de mim, tentativa inútil de que esse otimismo se apodere do meu ser.

Talvez quem me lê não entenda o porquê, agora. Não entenda o porque agora. Pois bem, nem eu entendo. É que, as vezes, a caneta e o papel estão perigosamente perto de mais numa madrugada solitária. A meia-luz e um som familiar ao longe, os olhos fechados e o pensamento se volta automaticamente ao passado, e a caneta ali, convidando a dividir com ela e com o papel meus devaneios e lembranças de um passado bom. Algo que se foi e que nem tem porque pensar mais, mas já faz parte da rotina lembrar.

Ao redor o celular também se apresenta com uma pose ameaçadora, impondo sua presença, quase ordenando que faça alguma coisa. A caneta e o papel parecem ser os mais receptivos e então, com eles divido pensamentos, lembranças, e me esvazio de mim mais uma vez. As coisas inanimadas parecem exercer influência sobre mim, me conduzindo, quase me ordenando... O melhor a fazer é dar os últimos goles no café amargo, desligar-me do presente, do passado... desligar o despertador e adormecer que o dia já amanheceu.

M.D.
João Pessoa, 26 de março de 2010
06:12
 
Esse post foi escrito faz um tempinho, definitivamente não me sinto mais assim... só tinha esquecido de postar e resolvi colocar aqui...

Que meus posts são bipolares todo mundo sabe, então...

1 comentários:

-rayane- 18 de abril de 2010 às 21:11  

todos nós somos bipolares, ainda bem que não se sente mais assim. Gostei do seu post, mas o vi como uma sombra, que não tem expressão, não sorrir, não chora e não se mostra por medo.
medo não é legal, o bom mesmo é se permirtir.

abraços.

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